Desenvolvimento, instituições e mercados agroalimentares: os usos das Indicações Geográficas

Autores

  • Paulo A. Niederle Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.24302/drd.v4i2.670

Palavras-chave:

Mercados agroalimentares. Indicações Geográficas. Desenvolvimento. Instituições.

Resumo

O papel das instituições e da mudança institucional para o desenvolvimento tem recebido atenção renovada de inúmeras vertentes teóricas e em diversos campos de investigação. Nos estudos sobre mercados agroalimentares, a chamada “virada para a qualidade” colocou em evidência a importância de novos mecanismos de diferenciação, dentre os quais as Indicações Geográficas (IG). Trata-se de um direito de propriedade intelectual que reconhece um bem a partir do seu vínculo específico com um território, que lhe confere identidade e distinção. Mais do que reconhecer uma qualidade associada à origem geográfica, a criação de uma IG envolve um amplo processo de mudança institucional, o que decorre da criação de normas e padrões que passam a orientar os processos de produção e comercialização. As implicações desse processo de “institucionalização” são diversas, de modo que o uso das IGs é recorrentemente analisado a partir de indicadores como a agregação de valor aos bens, a melhoria da performance técnica dos processos produtivos e a conservação do patrimônio natural e cultural. Mas, na realidade, esses efeitos não são automáticos. Eles dependem do tipo de arranjo institucional especificamente criado em cada território. A partir de uma abordagem sociológica das mudanças institucionais, este artigo analisa a relação controversa existente entre a construção de uma IG e os efeitos que são produzidos nos territórios.

Biografia do Autor

Paulo A. Niederle, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Ciências Sociais. Professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Publicado

2014-10-24

Como Citar

Niederle, P. A. (2014). Desenvolvimento, instituições e mercados agroalimentares: os usos das Indicações Geográficas. DRd - Desenvolvimento Regional Em Debate, 4(2), 21–43. https://doi.org/10.24302/drd.v4i2.670

Edição

Seção

Artigos