Planalto Norte Catarinense: algumas considerações sobre aspectos históricos, características físico-naturais e extrativismo

Autores

  • Alexandre Assis Tomporoski Universidade do Contestado
  • Jairo Marchesan Universidade do Contestado

DOI:

https://doi.org/10.24302/drd.v6i2.1206

Palavras-chave:

História. Geografia. Planalto Norte Catarinense. Desenvolvimento regional.

Resumo

O objetivo deste artigo consiste em compreender, a partir da apresentação dos principais aspectos pertinentes à história e às características físico-naturais do Planalto Norte Catarinense, o processo histórico relacionado ao extrativismo vegetal, deflagrado nas primeiras décadas do século XX, no território sob análise.  Com este intuito, adota-se uma metodologia que busca integrar ambos os enfoques, ou seja, sob o enfoque da história, procura-se entender como ocorreu a extraordinária intensificação do processo extrativista, e, sob o enfoque das características físico-naturais, as motivações, os atributos que contribuíram para a incidência do referido processo. O principal resultado, proveniente da aplicação desta metodologia, é o entendimento sobre as origens da exploração maciça das florestas nativas, decorrente da inserção do capital estrangeiro, manifestadamente da Southern Brazil Lumber and Colonization Company, maior serraria em atividade na América do Sul, que durante o período de 1910-1940 explorou impiedosamente a opulente Mata de Araucárias que predominava no território, da qual, hodiernamente, permanecem remanescentes da formação original. Conclui-se que, não obstante o término das atividades operacionais da Lumber Company, guardadas as devidas adaptações, o processo extrativista perpetuou-se no território, através da inserção, a partir da década de 1960, de espécies exóticas de árvores, tal qual o pinus illiotti. Dentre as consequências atuais da prevalência do processo extrativista, encontra-se a demanda crescente por áreas de terras visando os reflorestamentos, em detrimento da utilização dos solos para diversificação da produção e desenvolvimento sustentável do território.

Biografia do Autor

Alexandre Assis Tomporoski, Universidade do Contestado

Possui graduação em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2003), mestrado (2006) e doutorado (2013) em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Sua atuação concentra-se nas áreas de história do Contestado e história do trabalho no Brasil. Atualmente é professor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional e de diversos cursos de graduação da Universidade do Contestado (UnC), campus Canoinhas, onde também coordena o Núcleo de Pesquisa em História.

Jairo Marchesan, Universidade do Contestado

Graduado em Estudos Sociais - Habilitação em Geografia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (1990). Mestrado em Educação nas Ciências/Geografia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2000) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007). Atualmente é professor efetivo da Escola Estadual de Educação Básica Professor Olavo Cecco Rigon em Concórdia e professor da Graduação e Pós-Graduação - Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Fundação Universidade do Contestado. Atua na área ambiental principalmente nos seguintes temas: Sociedade, desenvolvimento e meio ambiente. Exploração e gestão de águas. Educação ambiental. Questões ambientais rurais. Relações: capital, sociedade e recursos naturais.


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Publicado

2016-07-20

Como Citar

Tomporoski, A. A., & Marchesan, J. (2016). Planalto Norte Catarinense: algumas considerações sobre aspectos históricos, características físico-naturais e extrativismo. DRd - Desenvolvimento Regional Em Debate, 6(2), 51–63. https://doi.org/10.24302/drd.v6i2.1206