A teoria Staple e a desigualdade regional na Região do Contestado Catarinense: inserção externa e produção primária

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DOI:

https://doi.org/10.24302/drd.v15.6018

Resumo

Este artigo analisa o crescimento e o desenvolvimento econômico da região do Contestado, em Santa Catarina, a partir da dinâmica das exportações e da inserção inter-regional e internacional. Fundamenta-se na Teoria Staple, formulada no contexto canadense, a qual propõe que o desenvolvimento de regiões periféricas pode ser impulsionado pela exportação de produtos básicos, desde que gerem encadeamentos produtivos e transformações estruturais. A metodologia baseia-se em revisão bibliográfica e análise de dados secundários sobre a economia regional. Verificou-se que a exploração de recursos naturais, como madeira e proteínas animais, permanece como base econômica da região. No entanto, persistem desigualdades territoriais, revelando limites da dependência de commodities para o desenvolvimento sustentável. Os dados mostram que, em 2018, 37% da carne processada produzida em Santa Catarina foi destinada ao mercado internacional, enquanto 30% foi consumida por outros estados brasileiros; no setor de papel, madeira e móveis, 39% da demanda também veio de fora do estado. Conclui-se que o comércio inter-regional exerce papel tão relevante quanto o internacional na configuração econômica do Contestado.

Palavras-chave: desenvolvimento econômico; cadeias produtivas; comércio inter-regional; modelo exportador primário; integração territorial.

Biografia do Autor

  • Jorge Amaro Bastos Alves, Universidade do Contestado (UNC)

    Economista (UFSC), Especialista em Planejamento e Gestão do Turismo (UFPR), Mestre em Desenvolvimento Regional (UNC) e Doutor em Ciência e Tecnologia Ambiental (UNIVALI).

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Publicado

2025-07-25

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Artigos

Como Citar

ALVES, Jorge Amaro Bastos. A teoria Staple e a desigualdade regional na Região do Contestado Catarinense: inserção externa e produção primária. DRd - Desenvolvimento Regional em debate, [S. l.], v. 15, p. 846–866, 2025. DOI: 10.24302/drd.v15.6018. Disponível em: https://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/article/view/6018. Acesso em: 27 jul. 2025.

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