A alteridade arendtiana como contraponto da banalidade do mal e da intolerância contra LGBTIS

Autores

  • Tainá Fagundes Lente Universidade do Estado de Minas Gerais
  • Loyana Christian de Lima Tomaz Universidade do Estado de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2206

Resumo

A pesquisa objetiva analisar as causas da intolerância e da violência contra o grupo LGBTI que resultam na morte de várias pessoas na sociedade brasileira, através da análise de teorias formuladas por Hannah Arendt, como “banalidade do mal” e “alteridade”. Para tanto, parte da conceituação de banalidade do mal; relacionando esse conceito e a intolerância à diversidade de gênero, com dados que quantificam a violência contra LGBTIs; e, por fim, pondera sobre a alteridade composta por Arendt. Quanto à metodologia, usou-se a dedutiva; compreendendo a banalidade do mal e a intolerância de gênero, chegar-se-á à intervenção contra esse fenômeno, a alteridade. Ademais, também se utilizou a pesquisa bibliográfica, foram examinados livros, artigos e legislação. Como resultado, a intolerância de gênero é uma das formas da banalidade do mal, ou seja, se dá através de discursos de ódio alvos de irreflexões e propagados cotidianamente por pessoas comuns que não possuem capacidade de pensar autonomamente. Isso oferece risco ao Estado Democrático, por ir contra seus princípios. Nesse viés, Arendt propõe a alteridade como ruptura ao mal trivial, também podendo ser usada na quebra da intolerância de gênero; segundo ela, os homens só evoluem quando convivem com pessoas diferentes de si, a alteridade seria a consciência disso e a aceitação do outro como diferente.

Palavras–chave: Intolerância a LGBTIs. Banalidade do mal. Alteridade.

Biografia do Autor

Tainá Fagundes Lente, Universidade do Estado de Minas Gerais

Discente do curso de Direito da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Frutal – MG. Membro do grupo de pesquisa certificado pelo CNPq Direito e (In)Tolerância Religiosa, sediado na Universidade do Estado de Minas Gerais. Unidade Frutal. Minas Gerais. Brasil.

Loyana Christian de Lima Tomaz, Universidade do Estado de Minas Gerais

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia. Campus Santa Mônica. Docente do curso de Direito da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Frutal – MG; líder do grupo de pesquisa certificado pelo CNPq Direito e (In)Tolerância Religiosa, sediado na Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Frutal. Minas Gerais. Brasil.

Downloads

Publicado

2020-02-26

Como Citar

Lente, T. F., & Tomaz, L. C. de L. (2020). A alteridade arendtiana como contraponto da banalidade do mal e da intolerância contra LGBTIS. Profanações, 7, 72–92. https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2206

Edição

Seção

Artigos