(Des)envolvimento regional, fronteira e o espaço do agronegócio no Tocantins

crescimento econômico sem distribuição de renda

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/drd.v10i0.2509

Resumo

O objetivo deste artigo é demonstrar e analisar os indicadores sociais dos municípios tocantinenses de Campos Lindos, Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Pedro Afonso e Porto Nacional no período de 1991 a 2010 onde atua o agronegócio. O que se percebe é que os índices de qualidade de vida social dos municípios analisados não correspondem aos índices recomendados pela Organização das Nações Unidas. A elaboração do texto baseou-se em uma revisão bibliográfica sobre o debate teórico a respeito da relação entre a atividade econômica do agronegócio e as condições sociais da população local. Os procedimentos metodológicos basearam-se no método qualitativo. Tais procedimentos foram organizados e executados a partir de uma análise teórico-crítica sobre os desdobramentos sociais da fronteira capitalista no Tocantins. Os impactos negativos provenientes do agronegócio são de grandes proporções. A grande concentração de terras para a produção de monoculturas como a soja, acaba apropriando dos espaços produtivos dos pequenos proprietários de terras. Por outro lado, os camponeses não dispõem de recursos financeiros para investir em tecnologia para produzir em maior escala e concorrer com o grande produtor. Os grandes latifúndios muito embora concentrem uma grande área de lavoura, não empregam muitos trabalhadores, parcela da mão de obra oferecida é automatizada. O plantio e a colheita da produção são realizados de forma mecanizada e sazonal, o que exige uma mão de obra técnica, que muitas vezes não absorve a mão de obra disponível nas regiões em que se instalam a atividade econômica do agronegócio.

Palavras-chave: Agronegócio. Fronteira Capitalista. Indicadores Sociais. Políticas de Desenvolvimento Regional.

Biografia do Autor

Roberto Souza Santos, Universidade Federal de Tocantins

Gadruado em Geografia pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO- CAMPUS DE RONDONÓPOLIS (1993), mestrado em Planejamento Urbano pela Universidade de Brasília (1999) e doutorado em GEOGRAFIA pelo Instituto de Geociências, UNESP, Rio Claro, SP (2006). Concluiu o curso de doutorado em 16 de maio de 2006. É Pós-doutor pela Instituto de Estudos Socioambientais - Programa de Pós-graduação do curso de Geografia da Universidade Federal de Goias - Goiânia concluído em 2013. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: produção do espaço geográfico, educação e espaço geográfico, meio ambiente, sociedade-natureza,, urbanização; correntes do pensamento geográfico. É professor associado III, professor do Mestrado em Geografia na UFT-Campus Porto Nacional e no curso de Geografia de Porto Nacional-TO/UFT.

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Publicado

2020-01-08

Como Citar

Santos, R. S. (2020). (Des)envolvimento regional, fronteira e o espaço do agronegócio no Tocantins: crescimento econômico sem distribuição de renda. DRd - Desenvolvimento Regional Em Debate, 10, 3–35. https://doi.org/10.24302/drd.v10i0.2509

Edição

Seção

Artigos