A Copaganda brasileira nas redes sociais e as negações do supremacismo branco pela polícia de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v12.6125Resumo
O artigo analisa a produção de Copaganda no Brasil, vista enquanto propaganda policial para construção da imagem ou favorecimento de seus objetivos à luz da criminologia crítica. O foco recai sobre uma publicação no Instagram do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de São José do Rio Preto, que gerou controvérsia por conter símbolos associados ao supremacismo branco, como uma cruz em chamas e gesto de braço em riste. O problema de pesquisa questiona quais discursos-imagens foram propagadas pela publicação e como ocorreu a sua repercussão midiática. O objetivo é identificar as retóricas e imagens envolvidas e suas implicações. A metodologia é dedutiva, com análise de discurso crítica e revisão bibliográfica. Conclui-se que a peça publicitária mobiliza elementos simbólicos historicamente ligados ao racismo e ao fascismo, revelando como a Copaganda pode servir para normalizar a violência e discursos autoritários como solução à criminalidade. A resistência das autoridades em reconhecer a natureza simbólica do conteúdo reflete a manutenção de estruturas racistas no aparato de segurança pública. Portanto, alerta-se para o uso da Copaganda, também alimentada algoritmicamente via redes sociais, como ferramenta de regularização da violência, consolidando assim o racismo de Estado já perpetrado contra a população negra do país.
Palavras-chave: Copaganda; criminologia crítica; polícia; mídia e rede social; supremacismo branco.
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