A Copaganda brasileira nas redes sociais e as negações do supremacismo branco pela polícia de São Paulo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v12.6125

Resumen

O artigo analisa a produção de Copaganda no Brasil, vista enquanto propaganda policial para construção da imagem ou favorecimento de seus objetivos à luz da criminologia crítica. O foco recai sobre uma publicação no Instagram do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de São José do Rio Preto, que gerou controvérsia por conter símbolos associados ao supremacismo branco, como uma cruz em chamas e gesto de braço em riste. O problema de pesquisa questiona quais discursos-imagens foram propagadas pela publicação e como ocorreu a sua repercussão midiática. O objetivo é identificar as retóricas e imagens envolvidas e suas implicações. A metodologia é dedutiva, com análise de discurso crítica e revisão bibliográfica. Conclui-se que a peça publicitária mobiliza elementos simbólicos historicamente ligados ao racismo e ao fascismo, revelando como a Copaganda pode servir para normalizar a violência e discursos autoritários como solução à criminalidade. A resistência das autoridades em reconhecer a natureza simbólica do conteúdo reflete a manutenção de estruturas racistas no aparato de segurança pública. Portanto, alerta-se para o uso da Copaganda, também alimentada algoritmicamente via redes sociais, como ferramenta de regularização da violência, consolidando assim o racismo de Estado já perpetrado contra a população negra do país.

Palavras-chave: Copaganda; criminologia crítica; polícia; mídia e rede social; supremacismo branco.

Biografía del autor/a

  • Felipe da Veiga Dias, ATITUS Educação

    Pós-doutor em Ciências Criminais pela PUC/RS. Doutor em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) com período de Doutorado Sanduíche na Universidad de Sevilla (Espanha). Atitus Educação. Passo Fundo. Rio Grande do Sul. Brasil.

Publicado

2025-12-17

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

DIAS, Felipe da Veiga. A Copaganda brasileira nas redes sociais e as negações do supremacismo branco pela polícia de São Paulo. Profanações, [S. l.], v. 12, p. 1023–1049, 2025. DOI: 10.24302/prof.v12.6125. Disponível em: https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/6125. Acesso em: 24 dec. 2025.