Bando soberano e direitos humanos no sistema carcerário brasileiro: da banalidade do mal à profanação da vida nua

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v12.6012

Resumo

A prisão nasceu na modernidade a fim de humanizar o rol de sanções do Estado. No Brasil, contudo, os estabelecimentos de custódia convivem historicamente com a violação de direitos humanos. A partir da atualidade e relevância desta temática, o presente artigo busca responder ao seguinte problema de pesquisa: em que medida a população prisional brasileira se configura como bando soberano à luz da perspectiva biopolítica desvelada pelas filosofias foucaultiana e agambeniana? A hipótese, ao fim corroborada, identifica a prisão como um mecanismo de privação dos direitos humanos ao submeter os corpos e as vidas à relação de bando soberano. O texto estrutura-se em duas seções e objetiva, respectivamente, analisar o bando soberano no âmbito do sistema carcerário brasileiro como retratação da banalidade do mal; e refletir sobre a afirmação e efetivação institucional e social dos direitos humanos mediante a profanação da nudez humana decorrente do abandono soberano. A metodologia contempla o método fenomenológico-hermenêutico, a abordagem qualitativa, a natureza básica, o objetivo exploratório e os procedimentos bibliográfico e documental.

Palavras-chave: biopolítica; direitos humanos; estado de coisas inconstitucional; prisão; sistema de justiça penal.

Biografia do Autor

  • André Giovane de Castro, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

    Doutor, Mestre e Bacharel em Direito pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito e do Curso de Graduação em Direito da Unijuí. Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 

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Publicado

2025-10-21

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CASTRO, André Giovane de. Bando soberano e direitos humanos no sistema carcerário brasileiro: da banalidade do mal à profanação da vida nua. Profanações, [S. l.], v. 12, p. 893–924, 2025. DOI: 10.24302/prof.v12.6012. Disponível em: https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/6012. Acesso em: 26 out. 2025.