Os direitos humanos entre precariedade e vida nua: dialogando Judith Butler e Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v12.5781Resumo
O presente artigo possui como objetivo principal dialogar as perspectivas de Judith Butler e de Giorgio Agamben a respeito da condição humana a partir da precariedade e da vida nua. Primeiramente, desenvolve-se pelo viés de Butler a subjetividade da precariedade representada através das vidas que são ou não passíveis de luto e a partir da distribuição desigual da precariedade sobre determinados corpos. Posteriormente, apoiando-se em Agamben, desvela-se o paradigma da exceção na exclusão da vida nua do campo jurídico-político, bem como a presença do homo sacer na exceção e, consequentemente, enquanto corpo apartado do ordenamento. Da intersecção entre os dois autores problematiza-se a não incorporação das categorias de corpos apresentados no arcabouço do Direito e dos direitos humanos atual, emergindo a necessidade de se repensar esses mesmos paradigmas. Para alcançar os objetivos propostos, utiliza-se o método de abordagem dialético, o método de procedimento comparativo e a técnica de pesquisa bibliográfica. As respostas possíveis aos questionamentos oriundos da pesquisa revelam a premência do luto público, na constituição de uma ética da interdependência no campo dos direitos humanos a partir do diálogo proposto e desconstituindo a dinâmica de sacralização e sacrificialização de determinados sujeitos em detrimento de outras.
Palavras-chave: biopolítica; direitos humanos; homo sacer; precariedade; vida nua.
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