Perfil neurogenético do IDH e epidemiológico de tumores do sistema nervoso central no Planalto Norte Catarinense

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DOI:

https://doi.org/10.24302/sma.v14.6014

Resumo

A incidência de tumores do sistema nervoso central (SNC) varia conforme fatores demográficos e genéticos, sendo relevante compreender sua distribuição em diferentes regiões. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico e molecular de pacientes com tumores do SNC submetidos à ressecção cirúrgica em um hospital regional do sul do Brasil. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, com abordagem quantitativa, baseado em prontuários médicos de pacientes atendidos entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023. Foram incluídos casos com diagnóstico histopatológico confirmado e exame imunohistoquímico realizado, com ênfase na análise da mutação do gene IDH1. Foram analisados 70 pacientes, com predominância do sexo masculino (53,13%) e média etária de 52,6 anos. Todos foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 50% dos casos não eram tumores primários do SNC, mas lesões inflamatórias, tumores benignos (meningioma, schwannoma) ou metástases. Entre os tumores primários, os mais prevalentes foram o adenoma hipofisário (10,45%) e o glioma de alto grau (8,95%). Houve diferença de distribuição por sexo, com maior prevalência de gliomas de alto grau em homens e adenomas hipofisários em mulheres. Em relação à análise molecular, 20,9% dos pacientes foram testados para IDH1, dos quais 71,43% apresentaram tumores IDH1 selvagens, associados a pior prognóstico. Conclui-se que a caracterização regional dos tumores do SNC, com inclusão de marcadores moleculares, contribui para o aprimoramento diagnóstico e planejamento terapêutico, reforçando a importância de políticas públicas baseadas em dados locais.

Palavras-chave: tumores; sistema nervoso central; neurogenética.

Biografia do Autor

  • Angélica Cristina Villalobos, Universidade do Contestado (UNC)

    Acadêmica do curso de Medicina, campus Mafra, Universidade do Contestado, Santa Catarina. Brasil. 

  • Carina Toledo Scoparo Barioni, Universidade Positivo

    Dra em Ciências Bioquímica. Acadêmica do curso de Medicina, Universidade Positivo, Curitiba. Paraná. Brasil. 

  • Gustavo Machado Pereira, Universidade Positivo

    Acadêmico do curso de Medicina, Universidade Positivo, Curitiba. Paraná. Brasil. 

  • Arlindo Américo de Oliveira, Hospital Santa Terezinha (HUST); Grupo Neuromax

    Médico especialista em Neurocirurgia e Neurointensivismo, Hospital Santa Terezinha (HUST), Joaçaba-SC e Grupo Neuromax. Santa Catarina. Brasil.

  • Pollyana Weber da Maia Pawlowystsch, Universidade do Contestado (UNC)

    Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pelo PPGSCA da UFPR. Professora e Pesquisadora da Universidade do Contestado, Mafra. Santa Catarina, Brasil. 

  • Michael Ricardo Lang, Universidade do Contestado (UNC)

    Médico especialista em Neurocirurgia e Neurorradiologia, Hospital São Vicente de Paulo e Grupo Neuromax, Docente do curso de Medicina, campus Mafra, Universidade do Contestado e pesquisador do grupo de pesquisa NUPESC. Mafra. Santa Catarina. Brasil. 

  • Chelin Steclan, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Doutora em Biologia Celular e Molecular. Professora Adjunta do Centro de Ciências Rurais, Departamento de Biociências e Saúde Única, Curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Santa Catarina. Brasil. 

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Publicado

2025-08-07

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Artigos

Como Citar

1.
Villalobos AC, Barioni CTS, Pereira GM, Oliveira AA de, Pawlowystsch PW da M, Lang MR, et al. Perfil neurogenético do IDH e epidemiológico de tumores do sistema nervoso central no Planalto Norte Catarinense. Saúde e meio ambient.: rev. interdisciplin. [Internet]. 7º de agosto de 2025 [citado 11º de agosto de 2025];14:159-68. Disponível em: https://www.periodicos.unc.br/index.php/sma/article/view/6014