Coberturas vacinais do papiloma vírus humano no contexto brasileiro

Autores

  • Adriana Moro Universidade do Contestado e Universidade Federal do Paraná
  • Christiane Luiza Santos Universidade Federal do Paraná
  • Mariele Pena de Couto UFPR
  • Leticia Brambilla de Ávila UFPR
  • Rafael Gomes Ditterich UFPR
  • Luciana Maria Mazon Universidade do Contestado- Mafra

DOI:

https://doi.org/10.24302/sma.v6i2.1528

Palavras-chave:

Programa Nacional de Vacinação. Papiloma Virus Humano. Cobertura vacinal.

Resumo

O Programa Nacional de Imunização em 2014 introduziu a vacina do HPV (Papiloma Vírus Humano) no calendário Nacional de vacinação. Este trabalho se propõe a analisar as coberturas vacinais para o HPV na campanha de 2014, e como que se deu a sua distribuição nos Estados Brasileiros, considerando a meta de 80% a ser atingida por todos os municípios do país. Trata-se de um estudo transversal com análise secundária de dados. Os dados sobre cobertura vacinal das meninas dos 5.565 municípios brasileiros foram obtidos através de acesso à página do Programa Nacional de Imunização (PNI). As cidades foram divididas e tabuladas em cinco faixas relacionadas  a cobertura vacinal, estratificadas de modo arbitrário pelos autores: faixa 1 > 40%, faixa 2 de 40% a 59%, faixa 3 de 60% a 79%, faixa 4 80% a 100% e faixa cinco acima 100%. A cobertura vacinal contra HPV, em 2014, apresentou valores bastante discrepantes entre as doses, estados e municípios. Entre os 5565 municípios brasileiros, 1776 (32%) atingiram a meta de cobertura em ambas as doses. Na primeira fase da campanha de vacinação contra o HPV, o número de municípios que atingiram a meta de 80% foi de 4866, já na segunda dose este número passou para 1810, uma redução de 62%. Além disso, no outro extremo da cobertura vacinal, a faixa 1 continha 103 municípios e na segunda dose este valor subiu para 1014, ou seja, um acréscimo de 884%. Apenas o Estado do Amazonas não atingiu a meta de vacinação contra o HPV em ambas as fases da campanha. Concluiu-se que a campanha de vacinação do HPV não atingiu as metas preconizadas nas duas doses em 60% dos municípios brasileiros no ano de 2014. Este resultado evoca a necessidade da análise criteriosa de quais fatores podem ter influenciado neste resultado e ainda, a busca de uma reestruturação da estratégia da política nacional de vacinação para a população feminina adolescente já que esta faixa populacional se apresenta como um desafio para esta, bem como para as demais vacinas do Programa Nacional de Imunização.

Biografia do Autor

  • Adriana Moro, Universidade do Contestado e Universidade Federal do Paraná
    Doutoranda em Politicas Públicas UFPR, docente da UnC campus Mafra
  • Christiane Luiza Santos, Universidade Federal do Paraná
    Mestre em Políticas Públicas UFPR. Doutoranda em Políticas Públicas na Universidade Federal do Paraná
  • Mariele Pena de Couto, UFPR
    Doutoranda e mestre em Políticas Públicas pela UFPR
  • Leticia Brambilla de Ávila, UFPR
    Mestre em Politicas Públicas pela UFPR
  • Rafael Gomes Ditterich, UFPR
    Doutor em Odontologia. Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná
  • Luciana Maria Mazon, Universidade do Contestado- Mafra
    Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, com especialização em Gestão Pública em Saúde pela UFPR. Mestranda do curso de Desenvolvimento Regional e Políticas Públicas pela Universidade do Contestado/UnC. Doutoranda em Saúde Coletiva pela UFSC. Atualmente é servidora pública atuante na área de saúde coletiva e docente da Universidade do Contestado Campus Mafra.

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Publicado

2017-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

1.
Moro A, Santos CL, Couto MP de, Ávila LB de, Ditterich RG, Mazon LM. Coberturas vacinais do papiloma vírus humano no contexto brasileiro. Saúde e meio ambient.: rev. interdisciplin. [Internet]. 20º de dezembro de 2017 [citado 2º de maio de 2025];6(2):124-32. Disponível em: https://www.periodicos.unc.br/index.php/sma/article/view/1528