Mastoidite em pediatria: perfil clínico e epidemiológico em um hospital do Planalto Norte Catarinense
DOI:
https://doi.org/10.24302/rmedunc.v4.6153Palavras-chave:
infecção da mastoide, otite média aguda, pediatria, infecção otológica, complicações intracranianasResumo
A mastoidite aguda é uma complicação infecciosa da otite média aguda que, apesar dos avanços terapêuticos e do maior acesso aos serviços de saúde, ainda representa um agravo relevante na prática pediátrica, principalmente em crianças menores de cinco anos. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil clínico, epidemiológico e assistencial de pacientes pediátricos diagnosticados com mastoidite em um hospital regional do Planalto Norte de Santa Catarina. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir da análise de prontuários de pacientes internados entre setembro de 2022 e março de 2025. Foram analisadas variáveis como idade, sexo, manifestações clínicas, exames realizados, condutas terapêuticas, tempo de internação, complicações e desfecho clínico. A amostra final incluiu 11 pacientes, com predominância do sexo masculino e maior concentração na faixa etária de 1 a 2 anos. Os sintomas mais frequentes foram otalgia, otorreia, febre e edema retroauricular. Todos os pacientes foram tratados com antibioticoterapia intravenosa, e parte deles necessitou de intervenção cirúrgica. A média de permanência hospitalar foi de 5,6 dias. A análise de correlação de Spearman sugeriu que pacientes mais jovens permaneceram internados por mais tempo e receberam antimicrobianos por períodos mais prolongados, embora sem significância estatística. Conclui-se que a mastoidite aguda, embora menos frequente, permanece relevante no contexto pediátrico e demanda abordagem adequada para prevenção de complicações.
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