Cobertura vacinal contra influenza e sua relação com internações e óbitos em Santa Catarina (2015–2025): estudo ecológico retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.24302/rmedunc.v4.6107Palavras-chave:
Influenza, Internações, Mortalidade, Saúde Pública, Cobertura VacinalResumo
A influenza permanece um importante problema de saúde pública, responsável por elevada morbimortalidade, especialmente em grupos vulneráveis. A vacinação anual constitui a principal medida preventiva. Este trabalho tem por objetivo avaliar a relação entre cobertura vacinal, internações, óbitos e letalidade por influenza no estado de Santa Catarina, entre 2015 e 2025. A metodólogia deste estudo apresenta caracter observacional, ecológico, retrospectivo, utilizando dados públicos do Ministério da Saúde. Foram analisadas internações e óbitos por influenza e as coberturas vacinais anuais. A letalidade (%) foi calculada como o quociente entre óbitos e internações multiplicado por 100. Para verificar a associação entre cobertura vacinal e letalidade, aplicaram-se correlação de Spearman e regressão linear simples, adotando-se nível de significância de 5%. Os resultados obtidos foram a média de óbitos nos anos de alta cobertura vacinal (≥90%) foi de 56,2, enquanto nos anos de baixa cobertura (≤70%) foi de 39. A letalidade foi menor nos anos de alta cobertura (4–5,2%) e aumentou em períodos de queda vacinal (até 9,27% em 2021). Observou-se correlação negativa fraca e não significativa entre cobertura vacinal e letalidade (rho = –0,25; p = 0,59). O ano de 2020 apresentou comportamento atípico, com alta cobertura (95,7%) associada a elevada letalidade (8,29%). Conclui-se que embora não tenha sido encontrada associação estatisticamente significativa entre cobertura vacinal e letalidade, os dados sugerem que maior cobertura vacinal tende a reduzir a letalidade da influenza. O comportamento atípico de 2020 pode estar relacionado à pandemia de COVID-19, com impacto na busca por atendimento, diagnóstico diferencial e coinfecções.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Medicina UNC

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.