Uso da oxandrolona no controle do desequilíbrio metabólico em pacientes com queimaduras de segundo e terceiro grau: revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.24302/rmedunc.v4.5834Palavras-chave:
Estresse fisiológico, Hipercatabolico, HipoproteinemiaResumo
As queimaduras graves, que acometem mais de 20% da superfície corporal com lesões de segundo e terceiro grau, causam impactos profundos no organismo, desencadeando respostas locais e sistêmicas como hipermetabolismo, perda de massa muscular magra e aumento do risco de infecções. Esses pacientes, após superarem a fase aguda, enfrentam dificuldades prolongadas relacionadas ao metabolismo e à cicatrização, o que torna essencial a busca por tratamentos eficazes. Nesse contexto, a oxandrolona, um análogo sintético da testosterona, tem despertado interesse devido às suas propriedades anabólicas e menor toxicidade, sendo utilizada para preservar a massa muscular e otimizar o metabolismo em grandes queimados. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da oxandrolona no tratamento de queimaduras graves em pacientes adultos, analisando os benefícios metabólicos do medicamento e sua relação risco-benefício. A metodologia consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com a busca de artigos nas bases de dados PubMed, SCIELO e Lilacs, utilizando descritores específicos e selecionando estudos publicados entre 2014 e 2024. Foram identificados 45 artigos, dos quais 09 foram incluídos na revisão final. Os resultados mostraram que a oxandrolona melhora o balanço proteico, a taxa metabólica, ajuda a preservar a massa magra e aumentar o tecido muscular, e reduz o risco de sepse em pacientes com queimaduras graves. Apesar de alguns efeitos colaterais hepáticos, como elevação de enzimas, estes foram transitórios e leves. Assim, conclui-se que a oxandrolona oferece benefícios importantes no tratamento de grandes queimados, desde que o uso seja monitorado.
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