Música e política: reflexões à luz do pensamento de Giorgio Agamben

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v11.5395

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar e analisar a relação entre música e política na filosofia de Giorgio Agamben (1942-). Stricto sensu, a temática aparece em duas obras do no corpus agambeniano: em Infância e história (1978) e em O que é a filosofia? (2016). A compreensão das teses e argumentos do filósofo italiano pressupõe o recurso à duas outras obras: A linguagem e a morte (1982) e Ideia da Prosa (1985). Nessas últimas, Agamben enfrenta o problema do declínio da experiência humana na contemporaneidade – herança benjaminiana – e da relação entre experiência poética e linguagem filosófica – herança heideggeriana. A análise agambeniana da relação entre música e política parte de uma premissa aristotélica – a coesão originária entre política e poesia – e de uma premissa platônica – a identidade entre música (palavra das musas) e filosofia (música suprema). Verificaremos, como conclusão, que a reforma da política contemporânea implica uma reformulação da “tonalidade afetiva” (Stimmung), ou do estado musical, da sociedade ocidental.

Palavras-chave: Agamben; política; música; filosofia.

Biografia do Autor

  • Alan Barbosa Buchard, Universidade Federal do Espírito Santo

    Doutorando em Filosofia pelo Programa de Pós-graduação em Filosofia (PPGFIL) da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória. Espírito Santo. Brasil.

Downloads

Publicado

2024-07-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

BUCHARD, Alan Barbosa. Música e política: reflexões à luz do pensamento de Giorgio Agamben. Profanações, [S. l.], v. 11, p. 229–250, 2024. DOI: 10.24302/prof.v11.5395. Disponível em: https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/5395. Acesso em: 2 maio. 2025.