Profanações http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof <p>A Revista <strong>Profanações</strong> (ISSNe: 2358-6125), apresenta-se como um veículo de divulgação científica vinculado aos grupos de pesquisa das áreas de Ciências Humanas da Universidade do Contestado.</p> <p><span style="color: #000000;"><span style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 14px;">Estamos no </span><span style="font-weight: bold; font-family: arial,sans-serif; font-size: 14px;">Instagram</span><span style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 14px;">! </span><span style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 14px;">Siga</span><span style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 14px;">-nos em @editoraunc</span></span></p> <p><span style="color: #000000;"><span style="font-family: arial,sans-serif; font-size: 14px;">Qualis Capes (Quadriênio 2017-2020): A4</span></span></p> Universidade do Contestado (UnC) pt-BR Profanações 2358-6125 O que Watu nos diz? http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/5222 <p>O presente artigo pretende problematizar o antropocentrismo moderno e a inauguração não apenas de uma nova época no mundo, mas a regulação dos modos de vivência para determinar um “jeito de habitar essa terra”. Um habitar que culminou na crise ecológica e evoca um abandono total e de devastação dos ecossistemas e sua biodiversidade. Por esse modo, em um diálogo com Ailton Krenak (2022), Antônio Bispo dos Santos (2023) e Malcom Ferdinand (2022), nós pensamos junto com saberes ancestrais preservados pela memória uma proposta de construir uma confluência entre cartografias de mundo, em especial, a voz das águas do rio <em>Watu</em>, considerado avô do povo Krenak, como exercício de escuta das vozes das águas como uma dinâmica relacional de afetos em que <em>Watu</em> descentraliza o antropocentrismo para outras formas plurais de existência enunciadas pelo <em>anthropos</em> e seu modelo colonial de habitar o mundo. Somado a esse exercício de escuta da voz das águas dos rios, em especial do rio <em>Watu</em>, propomos a ação de aquilombamento (Ferdinand 2022) como fundamento para a construção de novas cartografias do mundo e a recuperação de um vínculo transcendente com a Mãe Terra. Afinal, o ato de aquilombamento praticado pelos povos africanos vítimas da escravidão é uma recusa de viver em um mundo marcado pela violência e a destruição de outros humanos e não-humanos (natureza).</p> <p class="western" lang="en-CA" align="justify"><strong>Palavras-chave: </strong>Ancestralidade; Crise Climática; Filosofia Política; Territorialização.</p> Luis Thiago Freire Dantas Igor Lorra Pereira Costa Copyright (c) 2024 Profanações https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-03-15 2024-03-15 11 76 96 10.24302/prof.v11.5222 Modernidade e aceleração http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/5116 <p>As principais consequências na manipulação dos dispositivos técnicos na contemporaneidade são: a quantificação, fabricação e aceleração. Cabe aqui analisar se no mundo contemporâneo pode dar lugar uma nova forma de lidar com o real que não quantifica, fabrica ou acelera. Por outro lado, entender o conceito de quantificação é colocá-lo em confronto com o que chamamos de qualidade, e, compreender o conceito de fabricação é pressupor os conceitos de quantificação, qualidade, fabricação tendo como consequência o que Sartre chamou de serialização. Por fim, o conceito de aceleração somente pode ser entendido tendo como pressuposto duas concepções de tempo: linear e duração. Com isso o artigo buscou responder a seguinte questão: o processo que nos leva a quantidade/qualidade; fabricação/serialização provocaria uma grande aceleração, dado que o tempo é uma das características dos dispositivos técnicos na contemporaneidade, nos jogando um presenteísmo reencantado e ativamente niilista.</p> <p><strong>Palavras-chaves:</strong> modernidade; aceleração; dispositivo; niilismo.</p> <p> </p> Wellington Lima Amorim Copyright (c) 2024 Profanações https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-03-15 2024-03-15 11 55 75 10.24302/prof.v11.5116 A vida precária como assinatura biopolítica do estado de exceção http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/4930 <p>No presente artigo, argumentaremos que há no pensamento da filósofa estadunidense Judith Butler (1956) certa base teórico-metodológica que permite-nos compreender o modus operandi do exercício de violências que recaem sobre determinados corpos. Acreditamos que essas violências são analisadas pela autora como eventos singulares, e que tomam como base os discursos que esquadrinham os corpos como vivíveis ou matáveis. Essa seria, na nossa visão, uma forma trazida por Judith Butler para pensar a relação entre marcadores sociais da violência, abjeção e estado de exceção. Para a realização de nosso intento, resgataremos o entendimento de Giorgio Agamben (1942) e Veena Das (1945) sobre o conceito de assinatura para, em seguida, estabelecermos um diálogo com a noção de Judith Butler sobre os marcadores sociais da violência. Por fim, a partir dessa movimentação teórica, sustentaremos haver uma preocupação filosófica de Judith em diagnosticar criticamente a construção da vida precária como assinatura biopolítica do Estado de Exceção. </p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Biopolítica; Assinatura; Marcadores Sociais; Vida Precária; Estado de Exceção.</p> Iverson Custódio Kachenski Copyright (c) 2024 Profanações https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-03-15 2024-03-15 11 35 54 10.24302/prof.v11.4930 Bartleby entre as duas mortes http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/4925 <p>Esta pesquisa faz uma análise da personagem Bartleby, do conto “Bartleby, o escriturário” (2012), escrito por Herman Melville. O foco é própria personagem e analisanda a partir da negatividade žižekiana situada entre a interpretação de Agamben (2015), Bartleby como o ser em potência, e a leitura patológica de Byung-Chul Han (2017). Esta análise considera que o escriturário é impedido de se configurar como sujeito por ser a pura subjetividade, de acordo com a teoria Lacaniana e, conforme Slavoj Žižek (2008; 2013; 2017), está no nível zero da humanidade. Assim, na diegese da obra, Bartleby é o Real sem a verdade Simbólica, sem uma estrutura de vida que possa ser organizada em uma narrativa. Sua experiência com o mundo não é traumática pela falta do embate entre o ideal do Eu e o Eu ideal. Na narrativa de Melville, o simbólico não mutila o Real, mas o Real mutila o simbólico.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Bartleby; Materialismo lacaniano; Giorgio Agambem; Slavoj Žižek.</p> Leandro Rodrigues Torres Paulo Henrique Raulino dos Santos Charles Albuquerque Ponte Copyright (c) 2024 Profanações https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-03-15 2024-03-15 11 17 34 10.24302/prof.v11.4925 O CEJUSC em Rio Negrinho http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/3497 <p>Com a crescente alta de demandas judiciais nos últimos anos, vêm-se incentivando a autocomposição de conflitos, mediante os instrumentos da conciliação e mediação, tradicionalmente vinculada aos Juizados Especiais. Com a aprovação da Resolução n. 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, instituiu-se novo instrumento para a resolução amigável de litígios, traduzida nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), instituto que ainda se encontra em fase de instalação no cenário estadual. O objetivo central desta pesquisa é analisar a viabilidade de implementação dos Centros Judiciários nas demais Comarcas do Planalto Norte Catarinense. Para tal, adotou-se o aporte teórico-metodológico da pesquisa bibliográfica documental, quali-quantitativa mediante a abordagem exploratória. Constatou-se que os requisitos para a implementação dos CEJUSC’s são subjetivos, mas que de viável instalação nas demais Comarcas do Planalto Norte Catarinense, assim como em toda a extensão jurisdicional do Estado de Santa Catarina.</p> <p><strong>Palavras-Chave</strong>: Conciliação. Mediação. Planalto Norte Catarinense. CEJUSC. Rio Negrinho.</p> <p> </p> Evelyn Bueno Vicente de Lima Carla Gabriela Fóssile Rauen Alexandre Assis Tomporoski Copyright (c) 2024 Profanações https://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.0 2024-03-15 2024-03-15 11 1 16 10.24302/prof.v11.3497