Desinstituindo o ato e liberando a potência de ler e escrever

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v10.4686

Resumo

O objetivo do trabalho é analisar alguns fragmentos teóricos de Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze e Michel Foucault sobre a ativação da potência de ler e escrever dentro da/contra a universidade. A partir de uma conferência de Paulo Freire, houve uma mudança de sentido em relação ao ato da leitura e da escrita quando unida à chave interpretativa da potência, no sentido aristotélico, revisitada por Giorgio Agamben. O estudo vislumbra, então, passagens da leitura estrutural de Victor Goldschmidt como um exemplo de soberania da linguagem vinculada à autoria, à propriedade intelectual, à despotencialização e à obra. Igualmente, o texto sugere formas de desinstituição dessa soberania por meio de experiências do pensamento e da ativação da potência nas leituras e nas escritas, fora e dentro da universidade. Portanto, nota-se que a ativação da potência, em contraste com a unidimensionalidade do ato, nas ações de ler e escrever, está no reconhecimento de poder-o-não, na des/obra e na “morte” do autor.

Palavras-chave: Leitura. Escrita. Potência. Desinstituição. Des/obra.

Biografia do Autor

Andityas Soares de Moura Costa Matos, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Direito e Justiça pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Brasil). Pós-Doutor em Filosofia do Direito pela Universitat de Barcelona (Catalunya). Doutor em Filosofia pela Universidade de Coimbra (Portugal). Professor Associado de Filosofia do Direito e disciplinas afins na UFMG. Professor Visitante na Universitat de Barcelona (2015-2016) e na Universidad de Córdoba (Espanha, 2021-2022). Pesquisador Residente no IEAT entre 2017 e 2018. E-mails: vergiliopublius@hotmail.com e andityas@ufmg.br Mais artigos em: https://ufmg.academia.edu/AndityasSoares.

Antonio Lopes Almeida Neto, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (2023). Mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (2023). Graduado em Direito pela Universidade de Pernambuco - Campus Arcoverde (2020). Recebeu a concessão da Láurea Acadêmica entre os concluintes de 2020 pelo Conselho Universitário da Universidade de Pernambuco durante o Bacharelado em Direito. Membro do 'G-Pense!¿ - Grupo de Pesquisa sobre Contemporaneidade, Subjetividades e Novas Epistemologias' (UPE | CNPq). Membro do Grupo de Pesquisa 'O estado de exceção no Brasil contemporâneo: para uma leitura crítica do argumento de emergência no cenário político-jurídico nacional' (UFMG | CNPq). Integrante do projeto de pesquisa coletivo: 'Filosofia Radical e Teoria Crítica do Direito e do Estado' (PPGD/UFMG). Membro dos projetos de extensão 'Programa de Apoio e Acompanhamento para Acesso à Pós-graduação Stricto Sensu' (UPE) e do 'Papo de Quinta - Ciclo de Debates Insurgentes' (UPE). Possui interesse nas seguintes áreas: Teoria Geral do Direito, Filosofia do Direito, Epistemologia Jurídica e Educação Jurídica.

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Publicado

2023-05-16

Como Citar

Matos, A. S. de M. C., & Almeida Neto, A. L. (2023). Desinstituindo o ato e liberando a potência de ler e escrever. Profanações, 10, 133–167. https://doi.org/10.24302/prof.v10.4686

Edição

Seção

Artigos