A persistência do desenvolvimento em tempos de biopolítica e sobrevivência modulável

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2820

Resumo

O artigo examina a persistência de programas e políticas de desenvolvimento em um momento que parece apontar certo esgotamento desta narrativa. A partir de vertentes críticas que abordam o tema do desenvolvimento e especialmente de eixos de análise oferecidos por Giorgio Agamben (e outros autores com quem o filósofo italiano dialoga em seus escritos), o texto procura analisar com base na literatura contemporânea qual o sentido de transformação social real permanece nos processos de desenvolvimento. Busca também examinar como a narrativa do desenvolvimento se atualiza com recentes desdobramentos em torno do neoliberalismo, da biopolítica e da sobrevivência modulável de nosso tempo. A plasticidade modulável de produção e governo dos vivos e a metamorfose incessante do que seja desenvolvimento investem numa convergência com mecanismos de mercado e artifícios pós-disciplinares de regulação, apresentando o desenvolvimento como dispositivo ainda eficaz para captura e controle da vida.

Palavras-chave: Sociedades de controle. Neoliberalismo. Algoritmos. Desenvolvimento.

Biografia do Autor

Guilherme F. W. Radomsky, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Antropologia Social (UFRGS, 2010), professor do departamento de Sociologia e do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Downloads

Publicado

2020-07-03

Como Citar

Radomsky, G. F. W. (2020). A persistência do desenvolvimento em tempos de biopolítica e sobrevivência modulável. Profanações, 7, 247–266. https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2820

Edição

Seção

Artigos