Cotas de gênero

eleições de 2014 e 2018 para deputados no sul do Brasil

Autores

  • Douglas Bischoff da Silveira Universidade do Contestado
  • Claudia Andreatta Universidade do Contestado

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v2.2490

Palavras-chave:

`Política, Eleições, Mulheres, Cotas, Reformas, Efetividade.

Resumo

O sistema eleitoral brasileiro vem sofrendo inúmeras reformas para proporcionar um cenário efetivamente acessível às mulheres. Nesse sentido, a alteração mais relevante nos últimos anos foi a implementação das cotas de gênero na política.  Com o advento da Lei nº 12.034 de 2009, tornou-se obrigatório o respeito às cotas eleitorais, porém, inicialmente, não teve o efeito esperado e surgiram as chamadas “candidaturas fantasmas”. Na tentativa de implementar uma real mudança no cenário político, o Poder Judiciário reinterpretou as normas jurídicas referentes ao Fundo Partidário, ao Fundo Partidário Especial e ao tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão para o sexo feminino. A partir do novo paradigma de efetivação das cotas eleitorais, verificou-se, através de dados estatísticos de duas eleições gerais, a evolução na luta contra a disparidade existente entre os sexos no ambiente político e, para isso, apresenta-se a análise comparativa de dados das Eleições Gerais de 2014 e de 2018, para os cargos de deputado federal e estadual no sul do país. Utilizando do método dedutivo, a discussão pautou-se em tabelas elaboradas a partir das informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral em seu sítio eletrônico. O resultado verificado foi positivo, uma vez que as mudanças trouxeram um aumento considerável de mulheres eleitas nas eleições de 2018 em comparação com a eleição anterior. No entanto, além do aperfeiçoamento das regras eleitorais e a interpretação sobre a aplicação de cotas no cenário político, deve-se buscar atacar o real problema da questão, qual seja, a base cultural da sociedade brasileira.

Biografia do Autor

Douglas Bischoff da Silveira, Universidade do Contestado

Acadêmico da 10ª fase do curso de Direito da Universidade do Contestado (UnC). Campus Concórdia. Santa Catarina. Brasil.

Claudia Andreatta, Universidade do Contestado

Professora e orientadora de artigos científicos na Universidade do Contestado (UnC). Campus Concórdia. Especialização em Pós-graduação "lato Sensu" em Direito Tributário (2006 – 2007). Universidade do Contestado (UnC). Campus Concórdia. Santa Catarina. Brasil.

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Publicado

2020-04-03

Como Citar

Silveira, D. B. da, & Andreatta, C. (2020). Cotas de gênero: eleições de 2014 e 2018 para deputados no sul do Brasil. Academia De Direito, 2, 228–251. https://doi.org/10.24302/acaddir.v2.2490

Edição

Seção

Artigos